domingo, 25 de julho de 2010

PONTO DE PARTIDA.


Sou uma espécie desconhecida numa vasta floresta de pensadores.
Talvez, seja mais uma nova sentença num meio de várias parecidas.
Talvez não passe de mais uma entre muitas.
Todos meus medos, que transmitem de quem sou, onde estou a sensação de maior erro da humanidade, talvez sejam a mesma entre infinitos.
Libertei-me da obsessão da infinita penitencia.
Descobri que é possível viver o agora sem a culpa do ontem. Descobri que o passado é apenas aquele companheiro de viagem que senta na poltrona de trás. Ás vezes teima em nos perturbar com pequenos chutes ou é aquele que vem nos ajudar com a bagagem pesada.
Ontem, nada mais era que um baú de imensurável vida passada e eterno passa porte para o passado. Hoje, o baú pode ser trocado por uma bagagem pequena de mão da qual vive repleta de boas recordações com espaço para novas expectativas.
Sigo de carona nos últimos dias, nas novas situações que me deram uma passagem de volta ao passado e de chegada a um novo presente.


Ps: O título deste post, é inspirado em uma nova Natália Salles.

... Meus pensamentos são tomados por diversas formas de argumentos. Vivo numa direta ligação com meu eu, que se torna o único e eterno aliado de minhas euforias. Vivo de sonhos e certezas dos quais me tornam volúvel a atitudes insanas.
Já fui do tipo de criar expectativas, exceder meus limites, por aqueles que jamais precisaram.
Tudo aquilo que já senti me bloqueou os sentidos. Para uns me fez insensível. Para outros me fez forte, outros me vêem com o mesmo olhar inofensivo.
Armei-me contra possíveis formas de sofrimento. Isso veio sem ao menos desejar.
Possíveis formas de desejo foram abolidas de meus arquivos pessoas. Grandes ilusões passadas, hoje servem apenas de parâmetro de minhas antigas manias.

" O silêncio que deixo transcender, trás consigo a mais pura forma de reflexão.

Minha pausa é apenas a forma de tocar meu intimo pensamento.
O misticismo é apenas bálsamo de discórdias já vividas.
Prendo-me a meios que não condizem com meus padrões.
Erro. E sei o tamanho de cada um desses, sei de suas conseqüências, sei o quanto me faz mal."

segunda-feira, 19 de julho de 2010


Achei que seria fácil imaginar um futuro brilhante onde tudo seria feito só por mim e mais ninguém. Pequei ao pensar que uma vida é construída sozinha, que planos podem ser escritos por apenas uma pessoa e que realizações são apenas méritos exclusivos.
Vivenciando cada momento, percebo que tudo que um dia pensei não passa de pequenas fantasias de quem um dia projetou ser feliz para sempre, mais que sem menos esperar tudo que foi intacto se desintegrou.

Fui bombardeada com tão pouca falta de consideração. Acabei massacrada com tamanha indiferença. Fiquei presa dentro de um coração, que sem tão pouca emoção me fez refém da mais cruel forma de indiferença.
Criei mil maneiras de desvendar seus mistérios escapar de suas farsas e me mostrar decidida em realizar todas aquelas promessas que um dia imaginei em propor a quem eu um dia iria dar meu coração, mas você o roubou e sem pedir ao menos licença fez dele um verdadeiro palco para suas simulações.
Hoje, mesmo estando com tal sensação de indignação por zelo há quem um dia me ensinou a realidade nua e crua, ponho-me a relatar com indiferença tudo àquilo que eu não desejo a ninguém.

sexta-feira, 9 de julho de 2010


Juro a mim, nunca mais esperar por aquilo que você prometeu. Sigo assim e deixo minhas eternas certezas de um dia esperar ser feliz. Deixo aquela constante idéia que um dia aboli de que existe sim um final feliz. Assim sigo firme, forte e decidida a nunca mais te encarar novamente.
Saio, vivencio outros, me distraio com outros. De nada me adianta escapar de te sentir se mesmo sem querer, sigo a te ver...
Você é minha desgraça. Você é simplesmente minha perdição.
Embriaguei-me com seu jeito, me entorpeci com sua presença marcante.
Prometi jamais voltar a possuir-me de você.
Não cumpri com minhas juras e cedi a toda sua malevolência.
Onde me encontro hoje?
Inebriada de VOCÊ.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sem título.



Sua presença é deleito a minha sede de caricias, sua fala é mansa, sua maneira me intriga.
Seu jeito me domina, seu conhecimento me aprofunda, seu sorriso me desarranja.
O que me sentes cativa, o que me ensinas acalma, o que te faz me transforma.
Aquilo que você é, me destrói. Pelo simples fato de não ser real.

Ousei possuir-me de seu reflexo. Pintei com cores vivas aquilo que um dia desenhamos para terminarmos juntos. Ouvi aquela música que um dia você citou ser minha, chorei. Sorri ao relembrar daquilo que contávamos juntos. Rasguei fotografias de momentos de alegria. Colei em seu retrato aquela frase que você repetia. Cortei o longo cabelo que um dia você disse que gostava e aquele perfume do qual lhe agradava deixei evaporar. A sua presença fiz questão de excluir. Ousei-me em revirar um passado, ousei-me fingir que tudo estava bem. De nada isso me magoa, sem essa coragem jamais teria aprendido viver com a sua ausência.

Querido você...

Quando menos quero aparecer torno-me visível. Quanto mais quero falar menos sou ouvida. Quando mais preciso ser amada menos sou entendida.
Criei caso com o acaso, me perdi em seu horizonte, derreti com seu calor.
Te deixei por medo, te ganhei por acaso, te quero longe. Preciso de você perto.
Me dopei com o egoísmo.
Machuquei-me com a insegurança.
Ri com o desespero.
Para longe despachei meus sonhos, junto com o pouco que amor que me restara. Cuidado, meus sentimentos foram entregues a ti, pois sem ao menos saber o remetente enviei o que sentia.



Com carinho e afeto, Natália Salles.