Dono do Tempo

As pessoas são como a temperatura; hora estamos insaciavelmente felizes... Hora estamos completamente tristes. Passamos por dias de sol, dias de chuva. A temperatura varia durante a semana; nosso humor também.
Dias nublados são os dias em que estamos em uma constante perplexidade ‘de manhã eu estava feliz, mais de repente fiquei triste’.Mas também passamos por momentos de tempestade, dias em que estamos carregados e por fim descontamos isso em alguém ou nos aliviamos com um mar de lagrimas, capazes de alagar tudo.
Às vezes estamos tão contentes que comparamo-nos a um dia de sol, dias em que só pensamos no quanto estamos de bem com a vida e até esquecemos dos nossos problemas.
Por fim, sempre após um dia de muita chuva vem um sol brilhante, capaz de despertar dentro de cada um a essência da felicidade, cabendo somente a nós controlar a intensidade dos efeitos naturais.

Mente, imaginação ;

Já não consigo passar um dia sequer sem pensar o quanto minha vida anda fora de lugar. Não consigo controlar minhas emoções, meus pensamentos e nem sequer minha atitudes. Espontaneamente ando agindo de forma estúpida e até mesmo infantilizada. Algo dentro de mim precisa ser reforçado, de maneira que eu consiga tomar as rédeas da minha própria vida.
E quando menos se espera, lá estou eu: solitária em busca de um pouco de paz para os conturbados e agitados pensamentos que circulam em minha grande massa cinzenta, num misto de coisas concretas e abstratas que só precisam de uma solução para que voltem a seguir de forma evidente. Muitos pensamentos e poucas soluções.Às vezes bate uma agonia em pensar que logo mais a vida retornará a uma rotina que levara ao intenso cansaço e muitas vezes a idéias de desistência, mais pensando bem à volta dessa habitualidade pode me fazer muito bem, pois as férias fizeram-me um ser um tanto quanto mórbido.
Quando mais se deseja ser quem não é, mais você consegue ser o que já é. Não adianta muita coisa ser persistente em um conceito de que a mudança fará bem se algo em você bloqueie a vinda de uma nova sentença. Mudar psicologicamente não é como mudar a cor do cabelo, que só necessita de uma pequena adaptação, que leva ao máximo alguns dias.Talvez, eu não deva mudar quem sou para destruir essa coisa que me sufoca. Talvez eu deva pelo menos tentar me corrigir e aos poucos sanar essa falha.
São tantas novas palavras que saem da minha cabeça, que constrói frases robustas que são capazes de mudar os outros, que se transformam em um tranqüilizante do meu maior temor.

Comum

COMUM: Pertencente a todos ou a muitos. Habitual, normal, ordinário. De pouca importância, de pouco valor; insignificante.

Tantas vezes nos perguntam ‘como foi seu dia?’ E com rapidez respondemos ‘ah, foi comum!’- mais pensando bem, nenhum dia é comum, por mais que existam N dias em que não se faça nada você nunca vai pensar da mesma forma todos os dias, você nunca vai sentir tudo o que sentiu hoje amanhã! Tudo isso não passa de uma intensa preguiça de relatar o que foi vivido. (Digo isso por experiência própria)

A cada dia temos mais capacidade de pensar em tudo que fizemos, tentar concertar e até mesmo esquecer o que foi feito, mais estamos numa oscilação diária para encontrarmos nossa felicidade uma felicidade que pode ser momentânea, mais também pode ser de uma estação toda, o impossível é não ser feliz. Não é todos os dias que, estamos prestes a sacrificar alguém para tentarmos encontrar o diferente, o que realmente nos trará o contentamento é saber fazer da simplicidade uma grande descoberta que nos indicara a satisfação, capaz de modificar tanto o nosso animo quanto o nosso dia, ai sim lembramos de dizer ‘ nossa, meu dia foi muito bom’.
Não existem pessoas comuns, comuns podem até ser os conceitos de pessoa ideal, mais o fato de existir pessoas iguais é totalmente sem sentido. Pessoas são pessoas, apesar das igualdades de gênero seus ideais são totalmente opostos. As pessoas têm a capacidade de serem tão diferentes que até mesmo suas digitais não são as mesmas, e o DNA é limitado...

E apesar de todas essas evidencias somos capazes de rotular quem menos chama a atenção de Comum.

Uma palavra tão simples pode nos remeter a tantas idéias, a tantos conceitos que podem revolucionar nossa maneira de pensar. Apenas cinco letras são capazes de desmoralizar qualquer um, seus significados penetram e fazem-nos perceber o que realmente pode significar ‘julgar algo comum’.

O dia de amanhã ninguém sabe, a única certeza que temos é de que ele será totalmente incomum.

Alguns dias atrás me perguntaram o seguinte: ‘ diga três pessoas que você mais admire, sendo que você as conheça ou não pessoalmente ‘ – de inicio achei que seria moleza, pois existem muitas personalidades das quais gosto muito, mais analisando e sendo totalmente sensata vi que essa questão é muito difícil de ser respondida, pois, admirar quem não conhecemos é muito fácil não vemos suas crises existenciais, muito menos seus dias de total desleixo; já quando a pessoa é conhecida pode ocorrer de confundirmos ‘adoração e admiração’.Conheço tantas pessoas que me impressionam por suas habilidades, mais que não que causa grande apreço. Mais existe pessoas que pelo simples fato de saber controlar suas atitudes causam-me um certo deslumbro. Bem que dizem que em nossas vidas tudo acontece na hora certa, pois no momento ando lendo um livro que cita muito essa idéia de admiração e que relata certos tipos de pessoas que se autodenominam superiores e sem sombra de duvidas um tanto quanto admiráveis manipuladores para que sejam adoradas. A partir daí consigo compreender que muitas vezes eu dizia que admirava alguém pelo simples fato dela ser bem apresenta e percebi que eu posso gostar muito mais e com veracidade daquelas que não se julgam seres de estrema importância, que não pretendam se promover e que guardam seus conceitos de si e que sabem aguardar a sua hora de brilhar. Para mim, as melhores pessoas são aquelas capazes de pensar, não aquelas que sabem apenas agir. Admirar não é apenas sentir-se agradado pelo outro, admirar é acima de tudo respeitar as diferenças e saber limitar o apreço.

INSANIDADE !

Não sei se isso é comum, mais estou passando por um momento muito importante da minha vida; é uma alegria sem fim, uma explosão de felicidade sem limites, uma sensibilidade aflorável, uma calma deliciosa de se ver e sentir... Espero que esta sensação dure um longo tempo.Sinto-me uma perfeita idiota, ando rindo de tudo e todos, com uma enorme facilidade de inventar e imaginar novas coisas! Se ainda não me faltasse um pouquinho de juízo, eu sairia gritando por ai e chamando a atenção de todo mundo, dizendo o quanto estou feliz e o quanto os quero bem (risos). Sem contar que sinto uma imensa vontade de sair sem rumo por ai, só para sentir um maior gostinho de liberdade.Sinto-me tão decidida, capaz de conseguir dizer SIM e NÃO a tudo sem ter piedade. Acordei cedinho encarei a vida de frente: percebi o quanto eu posso ficar melhor internamente estando bem fisicamente. Mentalmente estou completamente bem, a minha disposição me faz ver o quanto sou capaz de ser o que eu realmente espero.Nos dias em que um elogio é bem vindo eles custam a aparecer, mais os dias em que você não se importa em ser xingada e hostilizada eles vêem como se fosse algo comum e habitual. Mais enfim, o que importa é preservarmos o que somos e não termos medo de expor nossas maiores alegrias.

L I B E R D A D E

Viver para servir uma família deve ser bom, mais é algo que eu não quero fazer. Hoje EM dia tudo é tão genérico, pois tem pessoas que se casam pelo simples fato de casar não pelo seu significado e pelos seus sentimentos e tem casais que se casam e já recebem até data de validade! Crio essas coisas na minha cabeça a partir de tudo que observo na sociedade, viajo em minhas argumentações, pois prefiro estar sempre na súplica fervorosa de ver do que de agir. Tantas vezes já vi casais que nos primeiros anos de casados se amavam loucamente e após o nascimento do primogênito passam a se odiar... Não quero passar por isso, não quero que meu filho se sinta culpado. Há, também já vi aqueles que constituíram um bom status social com os anos e depois disso, sobra dinheiro e claro falta amor.Na minha família nada disso aconteceu, minha educação e limites sempre foram impostos de forma acessível à falta que meus pais faziam, pois sempre estavam fora de casa. Desde muito nova aprendi a me cuidar sozinha e isso é muito bom (claro).E sobre esse assunto eu já fiz muitas observações, como por exemplo, nas regras impostas em cada família. Percebi que aqueles filhos que são criados a base de rédeas curtas, naquela forma em que não pode isso, não pode aquilo, não pode nada e dá-lhe dinheiro, tem uma maior tendência a se perder no mundo; pois são pessoas influenciáveis e sem opinião própria, e claro podem ter maior facilidade em sofrer com depressões.Já aqueles que cresceram numa forma ‘menos drástica’, sabem agir e se cuidar da melhor forma em meio ao mundo.Pra que querer ser severo, se isso apenas ira afetar mais o serzinho? Digo isso porque tenho grande contato com quem sofre assim. Pais super protetores que quando soltam um pouquinho à cria, no calor do momento rende-se a querer fazer tudo de uma só vez e acabam fazendo coisas erradas.Ai, os problemáticos da era são os filhos... Com o dinheiro podem pagar qualquer coisa, por isso os mandam a terapeutas, psicólogos e os cambal... Tudo em vão, pois quem deve melhorar são eles.Ou eu serei uma péssima mãe ou serei uma ótima. Tenha essa duvida, pois meus pensamentos andam em um ritmo tão acelerado que acho que serei uma mãe horrível, mais quando eu paro e analiso o meu emocional vejo que serei a melhor. Não estou muito a fim de descobrir isso tão cedo, então me contento em apenas relatar o que ultimamente ando pensando incansavelmente. Talvez eu seja uma rebelde sem causa, talvez eu seja uma rebelde com causa. Não estou nenhum pouco satisfeita em ver o que meus amigos tem de agüentar em suas casas! Meu deus, como pode os pais querer evitar tanto que os filhos fiquem mal falados por ai que os impede de viver! Isso me deixa tão sem chão... Eu sempre fiz o que quis e nunca tive nenhuma fama na cidade.A preocupação com o mundo exterior é tão intensa que viver deve se tornar algo totalmente calculado. O moralismo que era vivido nos séculos passados volta à tona. Na escolha de viver numa boa situação financeira mais ter que viver em uma vida totalmente controlada e monitorada ou em uma vida simples, mais aberta: não penso duas vezes que a falta financeira é fruto da liberdade de espírito.

Sonho & Música ♪

A um certo tempo, não muito preciso tenho um intenso interesse. Mais não aquelas corriqueiras em que um ano, um mês, uma semana passa. É algo maior. Tenho dentro de mim o grandioso interesse em aprender tocar violão... É algo que chega a me dominar, uma força que parece sem fim diante do instrumento, capaz de pôr-me hipnotizada diante de um musicista.Mais é ai que eu encontro a maior dificuldade, sempre que eu quero começar a fazer algo meus pais não acreditam que eu vá adiante com aquilo, pois sou muito preguiçosa –admito.

Durante uma conversa em família, nesse ultimo fim de semana tive a confirmação de que eu serei persistente em relação ao meu objetivo, pois nessa conversa minha avó me contara que meu tio mais novo tinha essa mesma vontade, tanto que foi até uma cidade próxima da nossa de bicicleta comprar o instrumento do seu gosto. Passado exatamente três meses ele desistiu totalmente em aprender, achou muito difícil.’E pra que valeu seu esforço?‘ Dizia minha avó com um certo ar de riso, e eu concordo.

De que valeu passar algumas horas andando incansavelmente de bicicleta, para no fim desistir na primeira dificuldade de tentar aprender? Vejo a fraqueza do ser humana, falha que muitas vezes já cometi e hoje sei que é FRAQUEZA e pretendo não repeti-la. De que valeu o mês inteiro de trabalho para pagar o instrumento que hoje se encontra em péssimo estado? O que mais me dói é ir até a casa de minha avó e ver em que situação se encontra o violão... Ele perdeu todo aquele charme do instrumento, pois para fazer o capricho dos meus primos mais novos minha avó os deixava brincar e eu que sempre quis usar para aprender, nunca pude pegá-lo.

Após fazer toda essa reflexão sobre meu tio, minha avó e os conceitos de minha mãe, resolvi que irei me empenhar, vou aprender violão (nem que seja pela Internet, pois consegui um Mestre) e vou mostrar a eles que sou capaz de vencer a moleza e alcançar meu objetivo!

Ontem contei sobre esse meu devaneio a um amigo, ele se propôs em me dar força sempre que necessário por isso o chamo de mestre (risos). Antes que eu inicie uma aula, quero aprender toda a parte teórica, para que depois eu tenha um maior entendimento do assunto.

E vivenciando tudo isso, aprendi que se você tem um sonho e tem força de vontade NADA é impossível.

‘É so acreditar, não basta só querer... Tem que correr atrás, tem que fazer valer’ ♪ Pablo Dominguez - Saudade

Há quem queira um amor pra vida toda. Eu só preciso de uma estrela que me guie até o fim dos tempos.

Há quem desabroche a cada primavera. E a cada dia que passa venho desabrochando mais e mais.

Há quem acredite em finais felizes. Eu creio que a felicidade tem fim.

Há quem se canse de escrever. O que me cansa é a falta de ter o que transcrever.

Há quem sonha alto, voa sem ao menos tirar os pés do chão. Vivo num misto de realidade e fantasia que me faz flutuar, vôo alto, mais com total segurança: que não me deixa fraquejar.

Em ponto de ebulição.

Fugir, morrer, sumir... Essas seriam as melhores coisas para mim nesse momento. Ando tão farta de tudo isso, cheia de não ser reconhecida e sempre ser vista como um estorvo ou o empecilho familiar. Tenho minhas qualidades, meus direitos e claro sentimento que infelizmente NUNCA são visto dentro da minha própria casa. Só sabem me comparar a algo totalmente sem valor que serve apenas como uma ‘empregadinha’ ou ‘ajudante da casa’ parece que TODOS ainda vivem na época em que as mulheres só serviam de empregada, onde não merecem estudar e ter direito de dizerem o que pensam.Enquadro-me no mundo das exceções, pois não sou como todas as garotas da minha idade que só pensam em namorar, popularidade e beleza, que só querem chamar a atenção. Mais ninguém me dá espaço pra mostrar do que sou capaz e no que posso ser boa. Para eles não importa o que eu penso e quero para mim, o que importa é o que a sociedade vai dizer a respeito de quem sou. Não vale a pena viver com medo da sociedade, pois a sociedade hostiliza o próximo por pura inveja.Em casa, ninguém liga para o que eu gosto. Dizem que é tudo incomum, ruim. Não é isso, é que não quero fazer parte de um mesmo grupo onde todos são iguais e sem personalidade. Pode ter certeza, ninguém da minha casa sabe que eu gosto de ler, quero aprender a tocar violão, que eu gosto de escrever e que SEMPRE sou elogiada pela minha capacidade.Só vêem-me como a menina do lar, aquela que deve cumprir com todas as obrigações da casa. Pra quem nem se casar quer, é totalmente sem escrúpulos passar por tamanho trabalho. E sempre eu faço ao máximo possível para que vejam o quando sou dedicada, mais sempre é a mesma coisa... ‘É a sua obrigação, amanhã faça mais e mais’ – poxa, dói pronunciar um elogio? Tantas vezes chego a pensar, ‘vou sumir!’- Para ver se perdendo se dão conta que precisam da minha presença, e se vão me tratar com um pouco mais de afeto. E no dia em que reconhecerem quem sou será o dia mais feliz de toda a minha vida.Vivendo às vezes meramente por viver. Ou, Vivendo incansavelmente para estar sempre adquirindo mais conhecimento e um futuro reconhecimento.Às vezes eu preciso tanto de alguém mais forte que eu, que possa me ouvir e me ajudar mais eu não encontro, pois eu tenho a capacidade de esconder tanto o meu sofrimento que transpareço um ser sem problemas. Às vezes tudo aquilo de bom e bonito que eu consigo dizer ao próximo, acaba quando eu tendo fazer uma alto-ajuda. Deve ser por tudo isso que tenho um certo receio de ser enganada.Tenho tanto medo de um dia chegar num ponto e não suportar mais essa angustia e fazer uma besteira... Por isso, sempre tiro um tempinho para o meu eu e descarrego toda essa minha insatisfação.A perfeição passa longe de mim, mais estou disposta a passar meus dias em busca de ser motivo de orgulho.