terça-feira, 29 de junho de 2010

O fracasso me subiu a cabeça ♪


Há alguns meses atrás, estava eu fazendo planos, escrevendo metas, contando historias desenhando sonhos. O tempo voou... Assim algumas metas foram realizadas, algumas histórias ainda mal contadas.
Vim perceber o quanto o passado ainda se faz presente em mim, não tinha noção do tempo que se passou e do quanto ainda estava parada vendo a vida passar. Percebi que seis meses, mais se pareceu três. Senti o peso de um sono profundo e rápido do qual em menor tempo ocorreram maiores conseqüências.
O que tem de errado comigo? Não era assim. Nunca fui assim. Nunca deixei a vida passar sem ao menos prestar atenção no que aconteceu.
Quando venho a pensar em tudo aquilo ocorrido nesses últimos meses cá estou eu, numa lista mórbida dês de o inicio... Quando tento me recordar das férias passadas me remete a sensação de monotonia. Ao me lembrar de festas, apenas me lembro de súbitos surtos de desespero. Sem contar as ultimas relações frias.
As lembranças se tornam palpáveis. Sinto que ao fechar os olhos posso tocá-las e sentir muitas das sensações vividas. De que isso me adianta agora? Sendo que não posso transformá-las.
Pra onde foi a minha imensurável capacidade de viver?
Sinto que se transformou com a rotina, perdeu-se com a distração.
Sinto-me insensível.
Sinto-me só.
Sinto-me desnorteada.
Sinto-me uma fracassada.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Adeus...


O mundo da leitura se empobreceu.
Clamo aqui, minha total melancolia da triste noticia obtida hoje.
O destino, pois fim num livro do qual foi escrito com as mais perfeitas palavras e os mais enriquecidos pensamentos, dos quais tenho orgulho em conhecer uma minuciosa parte.
O que é realmente bom, não é eterno.
O que é realmente bom permanece ativo.
Adeus Saramago, suas lembranças povoarão em nossas mentes.


Sua admiradora, Natália Salles.

Explicação.


Adiei meus planos de mudança
Criei formulas de escape
Investiguei comportamentos
Vendei o infelicidade
Castiguei a impunidade
Inventei uma realidade.
Sou maluca, assumida
Sou desajeitada, esclarecida
Biotipo de mulher
Mente de criança
Do tipo espontânea,
Do tipo malandra.
Maníaca, manhosa...
Ás vezes defensora,
Ás vezes maliciosa.
Quisera eu fazer planos
Quisera eu deixar os sonhos
Embarcar numa realidade bem escrita.
Poderia eu, sair de um emaranhado
Poderia eu optar pelo certo, pelo fácil, pelo rápido
Abandonei o obvio, vivo do incerto
Atraio a mim, uma única e exclusiva personalidade.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A menina que queria ser.


Dentre centenas de muitos livros de contos diversificados, capas estrondosas, autores consagrados; logo de cara me encantei por um simples titulo, do qual em primeira vista me trouxe a mente algo muito parece que já havia lido, mais mesmo assim não pude deixar de emprestá-lo.
O romance gótico de Florence, me cativou pelo seu sútil titulo que mesmo sem alguma ligação, me fez relembrar a infância que tive. A menina que não sabia ler.
Com meus três e poucos anos, lembro de ver meu irmão indo para escola e recebendo o inicio da alfabetização, diante disso ele passava a ser diferente de quem eu era não vivia mais aquele mundinho onde criávamos nossa própria língua, inventávamos escritas e fingíamos saber ler. Ele passou a ser gente grande diante de meus olhos.
Após perder aquela pequena e perfeita parte de minha infância, fui guiada pelo objetivo de o quanto mais cedo aprender a ler e a escrever, conseguiria ser igual ao meu irmão. Lembro-me como nunca da primeira vez que pude ir à escola, da primeira vez que consegui escrever sozinha e de quando comecei e ler...

Ok, esse post está meio sem nexo. Mais foi feito apenas pra dizer o quanto anda ativa minha sede e fome de ler e escrever, e que por mais que ás vezes eu me esqueça da existência e da necessidade de alimentar meu blog, nunca deixarei de fazer aquilo que sempre tive prazer. Mesmo sem tempo, farei o possível para sanar minha vontade de declarar minhas emoções e ler um bom livro.

domingo, 6 de junho de 2010

Deficiências.


Exerço uma maneira totalmente errada de ver a vida.
Crio filosofias metafóricas e fora dos padrões para explicar a minha visão revolucionista e ao mesmo tempo ilusionista de viver.
Vivo num constante devaneio de personalidade, invento histórias para deixar as coisas sutilizadas.
Busco esconderijo, pra fugir da realidade assombrosa em que estamos inseridos.
Faço de quem sou o único e secreto refugio de minhas dores e de meus amores.
Não sou suficientemente aquele símbolo de perfeição as vezes caracterizado.

Aspas.


Num mundo dominado pela meta de ‘crescer’, me aflinge imaginar de que forma posso fazer isso.
Toda vez que paro e penso no que eu espero ‘ser’ ou ‘fazer’ no próximo resto de minha vida caio em profunda agonia ao percer que não tenho nenhuma aptidão. Sinto que serei comum. Tão comum quanto qualquer outro ser totalmente participativo do meu inicio de vida... Mais não quero passar ‘meu todo sempre’ numa mesmice...
Quero ser grande. Quero ter proporções condizentes a minha habilidade de imaginar. Quero me expressar, quero ser ouvida, quero ser compreendida. O complicado de tudo isso, é que não encontro NADA, em que me encaixe (não é à toa, que me comparo a uma peça de quebra-cabeça) e nesse vai e vem de tentativas de um encaixe, é que percebo que não tenho jeito pra nada. Parece que minha forma que abranger tudo o que vejo apenas me inferioriza diante dos outros...
Ter uma 'habilidade', faz com que a busca de nós mesmo seja mais curta e concreta, contribui na formação de quem somos de forma que abarque qualidades e defeitos, sintetizando algo coagivel com o real de nós mesmos.
Perante toda essa reflexão, só posso concluir que, por menor que seja a nossa vontade devemos valorizar o que fazemos de melhor, dês de um simples esboço até mesmo a uma grande obra de arte.
Pretendo um dia ter o privilégio de conservar uma aspa antes e outra depois de meu nome.