sexta-feira, 30 de abril de 2010

Um breve exboço de quem sou.


Compreender as próprias escolhas:
É o que me faz caminhar livremente e de cabeça aberta. Assumir os erros. É o que me faz acordar todo dia de manhã com sede de aprender.

Não ter todas as razões. É o que me motiva a entender ao próximo.

Escrever: é o que me liberta!

Estive revivendo o passado. Vendo e sentindo, tudo aquilo que um dia eu tive em minhas mãos e que por falta de conhecimento perdi.
Junto das fotografias e cartas, tive as lembranças dos bons momentos de volta. Sucessivamente, resplandeceram em mim instantes de arrependimento.
Essas lembranças servem de combustível de toda a insegurança momentânea, além de fazer com que os planos de fuga se tornem mito perante a explosão de recordações.
A vontade de voltar ao passado é inevitável, a dor de perdas é irrevogável, o intenso desejo de corrigir os erros é imediato; tudo é tão impossível quanto escrever um novo fim a ser seguido.
A nostalgia me acolhe em seu ternuroso abraço, mantendo-me refém de seu infinito e intenso calor, que aquece fervorosamente meus sentimentos, que fere silenciosamente minha alma. Involuntariamente brotam sobre mim novas esperanças.
De uma forma sinto que todos os novos registros serviram para que eu venha a crer que o que hoje é vivido não vá ser em vão e que sirvam de boas lembranças do que sempre quero ter.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Crise Existencial.

“As escolhas feitas para a vida, devem ser feitas com cuidado.”
Tanto cuidado que eu acho que não tenho mais. Perdi a leveza dos gestos na tentativa de não errar. Ontem tinha planos, sonhos... Hoje já não sei se tenho mais.
Admito minha fraqueza.


Quem sou eu?
Um monte de frases soltas, que ao vento moldam o infinito caminho rumo a um plano sem fim. Sou aquilo que fortalece e destrói os mais sinceros sentidos de viver.
Sou como brasa quente ao se molhar, transformo-me em eflúvio que se perde no horizonte, a fim de exalar seu próprio perfume.
assim como as folhas que caem durante o outono, sigo a direção em que boas brisas me levem... Com a mais pura leveza, sou guiada para junto dos demais, mesmo seguindo a direção em que o caminho me leva, quebro paradigmas: desvendo o caminho da forma que eu mesma criei.
Como um animal selvagem e arisco, oculto meus maiores medos. Com as grandes descobertas, não me surpreendo mais.
Não fugi do meu eu. Apenas ingressei numa era de dúvidas persistentes e ações decisivas.
Devo me descobrir agora? Talvez a solução não seja essa. As vezes parece que me perdi, meu reflexo não tem nenhuma lembrança e em mim só resta a desconfiança. Quem sou? O que serei? Essas são perguntas das quais não posso sugerir se quer uma resposta sensata, por isso se um dia alguém quiser saber quem sou, ai ficam as dicas.

Carinhosamente, Natália Salles Deslocada

segunda-feira, 19 de abril de 2010


"Falar de mim para muitos pode ser desinteressante ou até mesmo tentador. Entender-me é um tipo de assunto para poucos. "

Por, Natália Salles.

Ensejo de mim mesma.


De todas as chances que tive de ser feliz, deixei passar como um pássaro que é solto da gaiola. Esta é a hora de me prender. Todas as horas que pude ser feliz, reduzi há segundos de indignação.
Como num intenso sonho sinto-me sem sentido. Parece que perdi as cores necessárias para equilibrar as emoções fluentes de cada instante. Temo não conseguir concretizar meus mais elaborados planos que com os dias, vão se tornando vagos e sem sentido pela falta de vontade. Talvez meu desprazer em fornecer minha presença seja um mal que afeta cruelmente quem de mim necessita. As dores e prazeres do cotidiano se tornam motivos de cólera em meio de tanta insegurança.
O que de interessante pode trazer uma jovem cheia de hesitações? Nada. Ela só é capaz de maltratar sentimentos instáveis.
A única segurança sentida é no calor de bons contos, onde pode ser desprendida do próprio ego o mais inusitado desejo de plenitude, é onde se encontra a única alegria e a formula que impulsiona a transmissão desse sentimento de contentamento.
Assim como o mar posso ser igualada e explicada com as palavras de Clarice Lispector me identifico ‘Aí esta ele, o mar, a mais ininteligível das existências não humanas. E aqui está à mulher, de pé na praia, o mais ininteligível dos seres vivos. Como o ser humano fez um dia uma pergunta sobre si mesmo, tornou-se o mais ininteligível dos seres vivos. Ela e o mar’, dando-lhe continuidade, Lispector define que um encontro realmente intenso entre os dois seria a entrega de seus mistérios. Talvez, a mim essa proeza não seja digna, pois desvendar-me é uma tarefa árdua, da qual nem mesmo eu sou capaz de concluir. Esse deve ser o empecilho da minha real falta de sorte com a felicidade.
Com todo perdão da palavra, sou como o mar... Cheia de mistérios e com perplexidades, profunda o suficiente para causar grandes estragos. Tenho dias de agitação, sofro influencia e existem os momentos de altos e baixos. Mais, também como o mar, sobre mim pode ser refletido o esplendor de um luar que possui a obscuridade.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Auto Averiguação, parte 2

She;

No impulso de um sonho mergulhou no azul incontestável do céu, viajou em suas próprias emoções, despertou-se ao real sentimento que brotara em si.
A felicidade sentida naquele instante, chegara a ser comparada a vivacidade das flores de cerejeiras, que permanecem belas e intensas durante o ano todo. Resplandecera muito mais que uma jovem que buscara se interpretar, mais soava como total frescor de uma brisa de primavera, era uma criança insana que queria apenas se apresentar. Como num leve pulsar, lá estava ela sentada à ver a vastidão existente diante de seus olhos, que parecia muito menos complexa e desconhecida que a si própria, um ser minúsculo comparado com tamanha grandeza.
Desconhecer a si próprio, é o que há de pior e mais doloroso quando se busca crescer. Ser a própria incógnita era o maior temor da jovem. Desvendando seus enigmas corriqueiros, ela posicionou-se a desacreditar de seus medos, rumou-se diante de uma verdade bem vivida onde a sua coragem como pessoa, lhe desse a força suficiente para que ela pudesse se encarar. ...A verdade é que a garota que desacreditava de si mesma, só não se compreendia pelo fato de ela não buscar seu verdadeiro eu. Assim, ela perdia a sua aptidão dela mesma pouco a pouco.
Desabrochar-se ao mundo, é a melhor forma de se descobrir.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Auto Averiguação, parte 1


Hoje não acordei com vontade de escrever, mais sim vontade de dizer tudo que se passa dentro da minha cabeça e mostrar para o mundo que minha capacidade é bem maior do que a aparentada.
Toda essa exacerbação de idéias não tem um porque de estar acontecendo, mais mesmo assim as pessoas teimam em tentar entende-la.
Só acho que essa é a minha vez de crescer e palpitar sem temer a opinião alheia, pois eu sei que a minha vale muito mais.
Apesar de toda essa autoconfiança, estou confusa. Perdi o rumo dos meus próprios planos e isso me deprime.
Não estou com tanta afinidade para escrita nesses últimos dias, um exemplo é que essa é a terceira vez que tento escrever algo realmente bom sobre o que estou percebendo da vida. Preciso me melhorar.

Com Carinho, Natália Salles

domingo, 11 de abril de 2010


Luzes e movimentos, marcam a memória de quem ainda sente saudades. Aquilo tudo que um dia já pode ser aproveitado, hoje para muitos não tem a menor importância.
O cansaço é o meu maior meio de contato com a infância. Andar por horas, correr horrores, comer até passar mal, não ter preocupações: as lembranças despertam sensações involuntárias, a saudade se torna inevitável e a satisfação o melhor dos prazeres; tudo se desperta ao pensar que um dia eu senti todo o peso da felicidade, a imensa carga que existe ao saber que hoje aquela menina levada de antes consegue se submeter aos pensamentos alheios e deixa de sair por ai, fazendo as inúmeras coisas que realmente lhe fazem feliz.
As lembranças tem sabor doce, que estão presentes até hoje em mim... Toda vez que me recordo das festinhas cheias de brincadeiras e sem parada posso sentir aquela dor na perna incontestável.
Hoje, o que eu sou? Um ser incapaz de amar. Um ser que não sabe distinguir o que lhe faz bem, sou alguém que desaprendeu que a cada vez que se deita no travesseiro, deve relembrar cada hora vivida com a maior das satisfações para que num futuro não muito distante se lembre que à inocência quanto mais preservada, mais feliz se pode ser.

Cortar o 'bem' pela raiz;


Por mais que doa, por mais que não seja a solução, por mais complexo que pareça, chega uma hora em que é preciso seguir solitariamente ao invés de trilhar um caminho acompanhado.
Todo aquele bem que um dia pude ter, dei adeus. Adiei a minha satisfação. Foco naquilo que possa ser o meu único meio de entendimento: a ocupação.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

CHUTAR O BALDE.


ESSA É MINHA ÚNICA VONTADE.
NÃO POSSO PARAR ESSE MEU MOMENTO, POR MEROS PEDIDOS
NÃO POSSO DEIXAR DE TRILHAR O QUE EU SEMPRE QUIS POR ALGUÉM.
NÃO ME IMPORTO COM A HORA, NEM COM O DIA
O QUE EU MAIS PRECISO É CONTINUAR A VIVER ASSIM,
COM O MINIMO POSSIVEL DE MIM
O MAXIMO DOS OUTROS
SEM TER COM QUEM ME IMPORTAR.
SEMPRE VIVI SOZINHA, JÁ SOU ADEPTA DE MIM MESMA
SEMPRE SOUBE QUE MEU MAIOR COMPANHEIRO É MEU REFLEXO.
DEIXO PARA TRAS TODOS OS RESQUICIOS DE DIAS CONTORNADOS POR CORES VIVAS
TENHO EM MENTE VIVENCIAR ALGO DIFERENTE,
ONDE NEM TODAS AS CORES TÊM TONALIDADES EXUBERANTES.
PRETENDO VIVER O REALISMO DE CADA DIA,
CONVIVER COM O EXISTENCIALISMO QUE HÁ EM MIM.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cristal.


A tristeza entra pela porta da sala, toma grandes proporções da casa e se instala no pequeno quarto. Pra onde foi toda alegria que ali habitará? Sentiu-se refém da tristeza e dela se tornou companheira. Fraqueza? Para alguns sim, mas não significava apenas isso , tudo se baseava na falta de forças a falta de coragem para conseguir resultados notáveis.
A monotonia dos instantes carregavam o ambiente, foi o fim de toda a calma.
As lagrimas faziam o mesmo trabalho de toda a vasta imensidão; não tinham fim. O pranto consolidava um fato há pouco tempo indesejável, mas infelizmente real.
Qual a relação existente entre os sentimentos e o cristal? A sensibilidade. Não é preciso de muito rodeio para que tudo isso se desmorone.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pensamentos desse momento:

Tenho medo do que estou fazendo. Sinto saudades do que se passou. Ando ocupada demais. Sem tempo. Sem paciência. Sem coragem. Falta de criatividade. Falta de vontade. Medo do que possa acontecer. Dor de cabeça forte. Vontade de chorar. Com frio. Precisando de um abraço. Sem nada na cabeça. Torcicolo. Dormindo mal. Sem dinheiro. Vendendo. Comprando. Aprendendo. Quarto desarrumado. Sapatos sujos de lama. Cabelo ruim. Espinhas. Vontade de comer doce. Atrasada. Desesperada. Festa. Mãe e pai. Estou com uma sensação estranha. Preciso de férias. Vontade de ler um bom livro. Medo de estranhos. Escrevendo. Raiva. Banho. Contradição. Peculiaridade. Ingresso. Cansaço. Azar. Celular. Verdades. Pressa. Tchau.

Novas Descobertas


{Semana de festa, semana de agito, semana em que parei de pensar. Por isso nada está tão bom.}

Descobri que toda vez que me sinto incumbida, necessito fugir do incômodo. Aprendi que assim o desajeito dos meus pensamentos num momento de não muito agradável logo passa .
Escapar das aflições cotidianas é o melhor meio, sentir-me uma criminosa da qual esta fugindo após um grande roubo me satisfaz. Minha paz foi tirada, apenas quero sair por ai para buscar algo que a preencha.
Não quero nada além de ser dona do que é meu: MINHA VIDA, MEUS SONHOS, MEUS MEDOS, MINHA PAZ. Apenas abandonando tudo, consigo me sentir responsável pela minha própria quietude.
Descobri que as lagrimas que EU, um ser completo sou capaz de perder minha fé. Descobri, que uma amizade tem valor muito maior e existencial do que qualquer outro tipo de relação. Aprendi que um amigo pode me levar aos prantos muitas vezes, que isso serve de raiz pros sentimentos, já em outros casos isso pode mudar. Aprendi, que pra mim o desapego é inevitável.
Não sei controlar emoções, não sei amar, não sei quem sou e o que vim fazer por aqui. A única certeza que tenho é de que estou me descobrindo, estou aprendendo, estou vivendo. Não faço idéia do quão importante ou perturbadora andam sendo minhas atitudes, isso tudo faz parte desse momento .
Eu quero mais é deitar, dormir e me desligar de tudo.

domingo, 4 de abril de 2010

Estive pensando...


Cidadezinhas, Fuscas e Famílias Reunidas:
Está cada vez mais difícil de se encontrar, quando se acha não são mais como as de antigamente.


Obs.: Não sei o motivo, mais acordei pensando sobre isso...
Carinhosamente, Natália Salles Pensativa.

Meu coração não me pertence.
Estarei mentindo ao dizer que dele sou dona.
Há quem o pertence? Ninguém.
De que ele consiste? De todos.
Meu coração está dividido, espalhado, perdido.
Isso dói? Nem um pouco.
Essa norma já é predestinada, nasci com a facilidade de doar-me
Assim sou, assim serei.
Apesar de toda minha solidão,
Não é uma utopia, por toda parte existe uma parte de mim:
A parte mais pura, a parte mais sensata e complexada,
essa parte é parte do meu peito,
é minha sobrevivência
é minha essência
Sem isso, não vivo
Faço parte das exceções:
Meu coração não é meu.