quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Crônica: FRIENDSHIP


No inicio das aulas do ano passado entraram na minha sala novas alunas, uma delas logo chamou a atenção, não só a minha mais também de toda a turma. Ela conseguia ser tímida e espontânea ao mesmo tempo, ela tinha a capacidade de cativar sem ao menos ter que mostrar quem ela era.
Aos poucos ela foi se aproximando e mostrando quem ela era e o mais especial, ela não era como todos. Para mim a chegada daquela nova colega, não significava apenas uma nova amizade... Mais sim um presente, ‘um presente para a pessoa certa, na hora certa’ mais eu ainda não fazia conta disso.
Com pouco mais de quinze anos, ela me contou exatamente quem era e como ela era. Os poucos que ouviram dessa história teriam se chocado ou até mesmo sentido pena; mais eu vi a situação como algo bom: um sinal de força, determinação e muita admiração. E aquela garotinha simples e simpática aos poucos foi se transformando na garota de aço, que gostava de revelar suas maiores façanhas e que logo mais ganhou minha confiança.
Na mesma semana em que completaria um ano de nossa amizade, a minha amiga conseguiu abalar tudo que ela havia construído dentro de mim, ela chegou com a noticia de que ela iria embora da cidade. Por mais que ela explicasse que fosse vir para cá sempre, eu não conseguia ouvir e em mim eram latentes muitas duvidas das quais NUNCA poderão ser sanadas.
Aquela historia soou com um ar de tristeza, é como se tivesse sido meu aniversário e tivesse ganhado um presente do qual gostei muito, mais sem um mínimo de compaixão alguém tivesse tomado de mim. Era o melhor presente do mundo, o único que não teria fim, o único capaz de me transformar em alguém melhor. Era o jogo da vida o jogo que não me aborrecia de perder de vez em quando, mais me derrotava totalmente pelo fato perder a peça principal. Passei de menina madura a criança que não se conformava. Não tê-la mais por perto significava que ‘morreria simbolicamente todos os dias’.
Por isso, dei o melhor de mim para que ela NUNCA se sentisse só... Por ela eu seria capaz de enfrentar as maiores autoridades, pois ela me mostrou a realidade conseguiu me tirar de um mundinho cor de rosa, cheio de faz de conta e me fez ver que tudo que esta nos jornais está tão próximo de nós.
Hoje dia dezoito de fevereiro de 2010, é o primeiro dia letivo de aula do ano e eu acordei cedo, me arrumei e estava decidida a ir fazer companhia a ela na escola, pois mesmo não sendo obrigatório ir a aula ela não pode faltar e não gostaria de deixá-la só, mais no instante em que eu saia para ir; começou a chover e na minha casa só tem um guarda-chuva que minha mãe utiliza para ir ao trabalho e meu pai não poderia tirar o carro pra me levar, porque a entrada de nossa casa esta em obras.
Senti-me mal por não ter tido coragem o bastante para ir mesmo que fosse na chuva, me senti uma fraca... Mais entendi que amigo é aquele que faz o possível e o impossível para estar conosco e não precisa necessariamente estar junto de nós em presença.
E o fim dessa historia vai ser vista brevemente e eu não quero ter que me despedir tão cedo.

Um comentário:

  1. awwwn ,esse seu texto me cativa tanto ,sinto mtmt por você ter de ficar longe de uma amg tão queriida D: ' e o texto é lindo *-*

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