domingo, 9 de maio de 2010

Isolamento.


A falta de tempo e a indisposição me impedem de ser normal.
Sou simplesmente uma estranha, num mundo dominado por meros e comuns mortais que ainda são felizes. Não faço mais parte da rodinha dos despojados, mais sim dos desanimados.
Meu canto, minhas coisas são meus únicos e adorados companheiro. Às vezes pela manhã ao despertar e imaginar todos os leões que matarei ao longo do dia, sinto uma imensurável vontade de não me levantar da cama, de me trancar no quarto e dali não me levantar nem para comer. Mais me conformo e ponho-me a me ajeitar para a grande batalha.
A partir do momento em que estou a ‘viver’, tudo me causa apreensão. Tudo me tira do sério, me desajeita. Construo uma vida própria, mundinho: meu quarto, meu único meio de satisfação. É onde entro, sento e me acho. Volto, a saber, quem sou.
Passa a ser irrevogável o meu medo de viver. O pânico de me cruzar com multidões e a falta de meu mundo me atormentam me desanimam me tiram do sério: fazem-me um ser irracional, totalmente insensível... Estou com medo de tudo. As horas passam, os dias se vão e eu nada aprendi.

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