segunda-feira, 24 de maio de 2010

O copo sobre a pia.


Vidro: s. m. 1. Substância dura, transparente e frágil. 2. Coisa frágil, quebradiça. 3. Pessoa muito melindrosa ou suscetível.
É assim que me sinto.
Sinto como se fosse algo de tamanha fragilidade, da qual é incapaz de ser tocada.
Sinto-me como um copo. Do qual todos enchem e bebem um pouco, depois é deixada sobre a pia a espera de alguém que vá lavar.
Automaticamente sou desprezada por estar ali sozinha. Da mesma forma fico, pois meu único meio de segurança é a busca de meus pensamentos. Na procura de meus valores percebo quanto minha estrutura é forte: um ser completamente perfeito, que possui pernas, braços e é capaz de usá-los. Mas, ao idealizar-me percebo o quando sou transparente sobre a sociedade. Meus planos, meus sonhos, meus argumentos... Não possuem nenhuma força.
Ás pessoas não me julgam por aquilo tudo que penso, pela minha capacidade; apenas me designam como fraca. Incapaz de fazer tarefas pesadas ou de ter opiniões que valham a pena ser ouvidas. Assim sinto-me aquele copo sujo sobre a pia, onde não tem valor, que é renegado.
Talvez, deva mudar. Não deixar mais que me encham. Às vezes devemos tomar grandes atitudes. Ao invés de ficarmos imóveis e desprezados sobre uma pia, devemos nos jogar ao chão para que deixemos de ser invisíveis.

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