domingo, 4 de abril de 2010


Meu coração não me pertence.
Estarei mentindo ao dizer que dele sou dona.
Há quem o pertence? Ninguém.
De que ele consiste? De todos.
Meu coração está dividido, espalhado, perdido.
Isso dói? Nem um pouco.
Essa norma já é predestinada, nasci com a facilidade de doar-me
Assim sou, assim serei.
Apesar de toda minha solidão,
Não é uma utopia, por toda parte existe uma parte de mim:
A parte mais pura, a parte mais sensata e complexada,
essa parte é parte do meu peito,
é minha sobrevivência
é minha essência
Sem isso, não vivo
Faço parte das exceções:
Meu coração não é meu.

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