domingo, 11 de abril de 2010


Luzes e movimentos, marcam a memória de quem ainda sente saudades. Aquilo tudo que um dia já pode ser aproveitado, hoje para muitos não tem a menor importância.
O cansaço é o meu maior meio de contato com a infância. Andar por horas, correr horrores, comer até passar mal, não ter preocupações: as lembranças despertam sensações involuntárias, a saudade se torna inevitável e a satisfação o melhor dos prazeres; tudo se desperta ao pensar que um dia eu senti todo o peso da felicidade, a imensa carga que existe ao saber que hoje aquela menina levada de antes consegue se submeter aos pensamentos alheios e deixa de sair por ai, fazendo as inúmeras coisas que realmente lhe fazem feliz.
As lembranças tem sabor doce, que estão presentes até hoje em mim... Toda vez que me recordo das festinhas cheias de brincadeiras e sem parada posso sentir aquela dor na perna incontestável.
Hoje, o que eu sou? Um ser incapaz de amar. Um ser que não sabe distinguir o que lhe faz bem, sou alguém que desaprendeu que a cada vez que se deita no travesseiro, deve relembrar cada hora vivida com a maior das satisfações para que num futuro não muito distante se lembre que à inocência quanto mais preservada, mais feliz se pode ser.

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